Agentes de Fiscalização da Unidade de Gestão das Unidades de Conservação da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), com o apoio de policiais da Companhia Independente de Policiamento de Meio Ambiente (Cipoma), desmobilizaram, no dia 19 de março, um crime ambiental na Unidade de Conservação Estadual Área de Proteção Ambiental – APA de Santa Cruz, no município da Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte. O crime ambiental estava sendo praticado no quilômetro 6 da Estrada do Sossego (rua Cavala), caminho que liga a PE-35 à região do Pontal da Ilha.

“Identificamos o desmatamento da Mata Atlântica, com grande atividade de movimentação de terra, que é a terraplenagem, nas proximidades da Área de Preservação Permanente do rio Jaguaribe. A atividade estava sendo praticada irregularmente, sem licença ambiental e ocasionou um dano que corresponde a, aproximadamente, 0,63 hectares na vegetação de floresta nativa, causando impacto direto no fragmento florestal do bioma Mata Atlântica, assim como no ecossistema associado de manguezal e no corpo hídrico”, comentou o chefe do Setor de Administração das Unidades de Conservação (SAUC), Cosme Castro.

A área foi embargada pela CPRH e o responsável pela logística operacional das atividades (abastecimento das máquinas e alimentação dos operadores das máquinas), que se encontrava no local no momento da fiscalização, foi conduzido à Delegacia de Polícia da Cidade do Paulista, onde foi iniciado o procedimento de apuração do crime ambiental. O homem foi autuado pela CPRH e recebeu multa no valor de R$ 30 mil, com a obrigação de apresentar ao órgão ambiental o Projeto de Recuperação da Áreas Degradadas.

A CPRH investiga a participação de outros envolvidos na infração ambiental, inclusive o proprietário da área (ainda não identificado) e também os responsáveis pelos maquinários utilizados no dano.

A área da degradação ambiental está localizada a 180 metros de distância da Unidade de Conservação de Proteção Integral Refúgio de Vida Silvestre – RVS Mata de Jaguaribe. “É uma área que está conectada ao RVS, por um corredor ecológico, que é a mata ciliar do rio Jaguaribe. Ou seja: a infração foi efetuada na zona de amortecimento do RVS, interferindo na proteção desse ambiente protegido”, explicou Cosme Castro.