A vice-governadora Priscila Krause esteve presente na ação e plantou algumas mudas das espécies ingá e embaúba.

Representando a Semas-PE, estiveram presentes a gerente geral de Biodiversidade e Florestas Maíra Braga e o gerente técnico Sérgio Mendonça. Da Agência Estadual de Meio Ambiente CPRH, foi o diretor de licenciamento ambiental Eduardo Elvino e Cinthia Lima, presidente do conselho gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia Beberibe, onde está inserida a Usina São José.

>Maíra destacou que essa área de mata é fundamental para preservar a biodiversidade do estado. Os refúgios da Usina São José, por exemplo, contém centenas de espécies de plantas e de animais, incluindo aves, mamíferos, anfíbios, répteis e insetos. Desde a primeira edição do Reflorestart, mais de 35 mil mudas de árvores já foram plantadas.

“A São José está situada na APA Aldeia-Beberibe, que é uma Unidade de Conservação estadual, que protege importantes áreas de Mata Atlântica, com rica fauna, flora e recursos hídricos, conciliando conservação de áreas naturais com ocupações humanas, contribuindo para a qualidade de vida de milhares de pessoas na Região Metropolitana do Recife”, afirmou Maíra.

A Usina São José possui uma das mais importantes matas da região, reconhecida como Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Mata da Usina São José. Com quase 300 hectares, essa mata foi titulada em 1987 como Reserva Ecológica e recategorizada em 2011 como RVS.

Priscila Krause destacou que essas ações são fundamentais não apenas para recuperar o meio ambiente, mas também para promover a educação ambiental entre as novas gerações. Durante o evento, três escolas foram convidadas a participar do plantio.

“Nós só cuidamos do que respeitamos. E foi devido a esse cuidado que hoje temos uma área que possui um importante equilíbrio ecológico para nossa sociedade. Estamos cuidando da árvore e do mundo inteiro”, disse a vice-governadora.

Uma espécie de bastante relevância na região é o macaco prego galego, que por 200 anos foi considerado extinto em todo o planeta. Em 2006, algumas populações dessa espécie foram redescobertas no território da Usina São José. E, atualmente, a região da usina e o município de Igarassu possuem mais de 100 indivíduos dessa espécie, tornando-se um verdadeiro refúgio para o macaco prego galego.

“O macaco prego galego é um grande aliado na reconstrução da Mata Atlântica, porque ele é um dispersador de sementes, ajudando a reconstruir florestas. Eles também auxilia na alimentação de outros animais e servem de guarda-chuva para proteger outras espécies. Por isso que desde 2010 ele é alvo de uma política pública nacional”, explicou a pesquisadora do Departamento de Zoologia da Universidade Federal De Pernambuco, Bruna Bezerra.

Atualmente, ela desenvolve um projeto de pesquisa na Usina São José, envolvendo escolas da região. A pesquisa tem como foco principal a formação de recursos humanos, o estudo da ecologia da conservação e de tecnologias emergentes que inclusive são implantadas na região, como gravadores de vídeo e voz.

A São José Agroindustrial produz açúcar, etanol e energia elétrica. Além de suas atividades produtivas, a São José é responsável pela proteção de importantes fragmentos florestais, com florestas maduras de Mata Atlântica e está inserida na bacia hidrográfica do Rio Botafogo, Unidade de Conservação que protege o sistema hidrográfico, o relevo e o solo. Essas matas são fundamentais para manter a disponibilidade e a qualidade da água.

A São José tem hoje uma das maiores reservas florestais preservadas de Mata Atlântica de Pernambuco: o Parque Ecológico São José. Para manter esse patrimônio ambiental, uma equipe de guardas ambientais própria está capacitada para combater ações predatórias contra o Parque Ecológico São José e demais áreas de preservação e reflorestamento