
O governo de Pernambuco, através da Agência CPRH, realizou, entre os dias 2 e 4 de abril, escutas das populações impactadas pelo Refugio de Vida Silvestre Tatu-Bola, no Sertão do estado. As consultas ocorreram nas comunidades de Baixa Alegre, Jutai e Açude Saco II.
Nas consultas, os técnicos da CPRH apresentaram à população um estudo técnico apontando a recategorização da Unidade de Conservação – UC para Área de Proteção Ambiental – APA.
Com a recategorização, a UC deixa de ser de proteção integral – de uso restrito, para uso sustentável – com mais flexibilidade parao uso dos recursosnaturais. A maior queixa da população é que a UC, criada em 2015, não levou em consideração o perfil sócio-econômico da região, proibindo a criação de animais e plantações na área que tem mais de 110 mil hectares e abrange os municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista.
“Nós criamos um Grupo de Trabalho – GT que passou catorze meses na região, e fez um trabalho brilhante, que identificou que o decreto que criou a UC não tinha sustentabilidade. A partir daí nós vamos partir para o processo de recategorização e enviar o processo para tramitação do projeto de lei na Alepe.”, explicou o diretor-presidente da Agência CPRH, José de Anchieta dos Santos.
Participaram das consultas públicas agricultores, produtores, representantes de sindicatos e associações. Além da CPRH, representaram a Alepe os deputados estaduais Luciano Duque, Antônio Coelho e Doriel Barros. Também participaram e contribuíram vereadores dos municípios afetados.