Bioma Caatinga: um dia pra chamar de seu

Notícia de 29 de abril de 2021

Nesta quarta-feira (28/04) comemora-se o Dia Nacional da Caatinga, único bioma 100% brasileiro, e tem a sua predominância na região Nordeste. Dos nove estados nordestinos, apenas no Maranhão a Caatinga não está presente. A data foi oficializada por meio do Decreto Federal de 20 de agosto de 2003. Não á toa, a data foi escolhida para homenagear o pernambucano João Vasconcelos Sobrinho, um dos pioneiros em estudos ambientais no país, que nasceu no dia 28 de abril de 1908.

A rica biodiversidade do bioma registra espécies de vegetais, mamíferos, aves, pássaros e peixes, inclusive de algumas espécies endêmicas que vivem em um ambiente árido de longas estiagens.

Mesmo assim, as espécies insistem e sobrevivem a todas as intempéries climáticas. Na Caatinga, a vegetação explode na exuberância dos cactos (Cactaceae), bromélia (Bromeliaceae), catingueira (caesalpinia pyramidalis), coroa-de-frade(Melocactus bahiensis), xiquexique, facheiro (Pilosocereus pachycladus), mandacaru, Caroá (Neoglasiovia variegata), ipê roxo (Tabebuia impetiginosa Mart), entre outros.

Na Caatinga, algumas espécies tem que se reinventar para sobreviver. Os peixes, por exemplo, aproveitam o período chuvoso para acelerar o seu desenvolvimento e reproduzir e colocar seus ovos enquanto ainda há água abundante. Este também é o caso dos anfíbios, que dependem da agua para sobreviver e precisam manter sua pele úmida. Para suportar o período de seca, algumas espécies se enterram numa profundidade de até 2 metros, onde o solo é mais úmido.

Dez, das 74 Unidades de Conservação do Estado, administrada pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), estão localizadas na Caatinga. Duas delas foram criadas pelo Governo do Estado, no ano de 2012: o Parque Estadual Mata da Pimenteira (PEMP), em Serra Talhada, e a Estação Ecológica (Esec) Serra da Canoa, que fica no município de Floresta, ambas no Sertão pernambucano.