Cetas recebe filhote de tamanduá-mirim que perdeu a família durante passeio noturno

Notícia de 13 de maio de 2021

Este tamanduá-mirim, também conhecido como tamanduá-colete (Tamandua tetradactyla) é o mais novo hóspede do Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), unidade da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).  É uma das quatro espécies de tamanduá no mundo. O filhote mede um pouco mais de 30 centímetros, esbanja beleza e não se afasta do animal de pelúcia, que ganhou da equipe do Cetas. O apego ao brinquedo tem a ver com a história de vida do filhote, que foi trazido da área rural de Custódia, no Sertão do Moxotó, a mais de 300 quilômetros de distância do Recife, onde fica localizado o Cetas.

“Fomos procurados para receber o animal, que estava sendo cuidado por uma família, depois que foi encontrado sozinho e com leves ferimentos nas patas. O que se sabe é que assustada com latidos de cães, a mãe tamanduá fugiu e o filhote ficou para trás. Então, a família passou a cuidar dele, livrando-o do ataque de predadores. Agora, ele está sob os nossos cuidados, até ter condições de retornar à natureza. O uso de animais de pelúcia, em casos como este, ajuda os filhotes a superarem a perda da mãe”, explicou o gestor do Cetas Tangara, Yuri Marinho. De acordo com Marinho, em cada gestação nasce apenas um filhote e a separação entre mãe e filhote ocorre, geralmente, após um ano de cuidados maternos. A espécie é protegida por lei e tem grande importância no controle de populações de formigas e cupins, contribuindo para o equilíbrio ambiental.