CPRH continua investigando causa de aparecimento do lixo nas praias

Notícia de 25 de fevereiro de 2022

CPRH continua investigando causa de aparecimento do lixo nas praias

A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) prossegue acompanhando o processo de descarrego dos sedimentos na área do bota fora na operação de dragagem no Porto do Recife. Nesta sexta-feira (25), com apoio do Corpo de Bombeiros Militar, estão sendo realizadas atividades de mergulho, na região da dragagem e do descarrego dos sedimentos. A iniciativa tem o objetivo de auxiliar na identificação das causas do aparecimento de lixo nas praias do Litoral Sul pernambucano. Por conta disso, a CPRH prorrogou para a próxima semana a conclusão e a divulgação do relatório.

Além dos mergulhadores, a CPRH também faz o acompanhamento e o monitoramento das ações com a presença de dois técnicos embarcados no rebocador.

O diretor de Licenciamento Ambiental da CPRH, Eduardo Elvino, participou na manhã de hoje de uma reunião no Porto do Recife. O encontro reuniu o presidente do órgão, José Lindoso, o vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Moacir Araújo, pesquisadores da UFPE, servidores do Porto do Recife e da CPRH.

De acordo com Eduardo Elvino, o encontro serviu para dar mais embasamento sobre as causas do problema, diante das informações obtidas na reunião, principalmento sobre os eventos oceonográficos que envolvem as questões ambientais. “As explicações que o professor Moacir deu foram muito importantes para as conclusões da CPRH, na linha de investigação que a gente já estava traçando”, explicou.

Na opinião do vice-reitor da UFPE, o aparecimento do lixo nas praias é a combinaçao de diversos fatores: excesso de chuvas nas bacias, sobretudo do Capibaribe e Beberibe, que fizeram com que tivesse um transporte maior de resíduos para a região costeira. Outro fator apontado pelo vice-reitor, que ele considera a mais importante, diz respeito aos ventos.

Segundo Moacir Araújo, nesse período ocorre mais a inserção dos ventos alísios que sopram do Nordeste para o Sudeste e mudam a direção dos barcos. Consequentemente, arrastam os poluentes para o Litoral Sul.