Unidade de conservação
RVS Cabeceiras do Capibaribe

O Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Cabeceiras do Capibaribe, Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral, criada através do Decreto Estadual nº 49.975, em 16 de dezembro de 2020. A unidade de Conservação está localizada nos municípios de Jataúba e Poção, no oeste da Bacia Hidrográfica do rio Capibaribe, e possui uma área de 6.926,65 ha (seis mil, novecentos e vinte e seis hectares e sessenta e cinco ares).

Estudos realizados na área constataram que a unidade de conservação abriga uma biota relevante, com pelo menos seis espécies da fauna ameaçada (Penelope jacucaca, Thamnophilus caerulescens pernembucensis, Xiphorhynchs atlanticus, Conopophaga cearae, Leopardus tigrinus e Kerodon rupestris), muitas outras endêmicas do Bioma Caatinga e/ou do Nordeste do país, e elementos da flora de campos rupestres e das florestas úmidas, mesclados àqueles típicos do semiárido.

O RVS contém remanescentes bem preservados de Brejos de Altitude e Caatinga, com extrema importância biológica (com muitas espécies endêmicas e ameaçadas). A unidade de conservação beneficia as comunidades da região, através da prestação de serviços ambientais, em especial os recursos hídricos, e possibilidade de geração de renda com o turismo, incluindo o patrimônio arqueológico.

Objetivos do Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Cabeceiras do Capibaribe são:

I – Preservar a biodiversidade e os recursos hídricos, bem como o patrimônio arqueológico;

II – Conservar amostras significativas das caatingas e brejos de altitude deste Estado, protegendo seu patrimônio genético e seus recursos naturais de forma a assegurar condições para a existência, manutenção ou reprodução de espécies ou comunidades da flora e da fauna local, residente ou migratória;

III – Proteger e conservar espécies raras e endêmicas, em perigo ou ameaçadas de extinção, diminuindo a pressão de caça, reduzindo a perda de habitat e favorecendo a sua reintrodução nas áreas de ocorrência;

IV – Estimular a pesquisa científica e a produção de conhecimento sobre a Caatinga e seus brejos, inclusive seus aspectos socioeconômicos e culturais;

V – Promover atividades de educação ambiental que proporcionem à população local a compatibilização de suas atividades com a conservação dos recursos naturais e aos visitantes informações sobre o bioma e sua biodiversidade; e

VI – Desenvolver ações coordenadas voltadas à conservação ambiental, à convivência com o semiárido e à promoção de incentivos, buscando a melhoria da qualidade de vida da população local e o desenvolvimento sustentável na região.

 

 

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